Reflexão sobre a produção do REA “Recursos Educacionais Abertos: O que são, como licenciá-los.

No âmbito da frequência da Unidade Curricular “Materiais e Recursos para Elearning” do Mestrado de Pedagogia do Elearning foi solicitado aos alunos a produção de um Recurso Educacional Aberto tendo como tema uma “Reflexão sobre as temáticas estudadas”. Depois de pensar sobre que tema queria trabalhar e de verificar quais as temáticas escolhidas pelos colegas, decidi fazer um REA tendo como título “Recursos Educacionais Abertos: O que são; Como licenciá-los”.

Depois de pesquisar sobre a temática, muita informação já tinha sido adquirida com a frequência das várias Unidades Curriculares, comecei a construção do REA. Conforme o proposto e aceite pela Professora, o recurso consistia num vídeo, no qual iam surgindo desenhos que iam ilustrando o que um narrador ia dizendo. A minha ideia inicial, relativa à componente áudio, consistia na utilização de um software de conversão de texto em som para converter o texto produzido na voz do narrador. A professora sugeriu que, de modo a tornar o trabalho mais pessoal, a narração fosse feita com a minha voz. Perante esta sugestão, vinda de uma das Professoras da Unidade Curricular, foi impossível não aceitar. Fiquei ciente, desde o momento que aceitei ser o narrador, que a tarefa tinha complicado. Como verifiquei mais tarde quando estava a gravar o som, não é fácil gravarmo-nos a ler um texto e o resultado obtido ser do nosso agrado. Para complicar a tarefa, quando estava a gravar o som, chovia torrencialmente, não consegui que isso não fosse percetível em alguns momentos do filme e passei cerca de duas horas a gravar-me a ler o texto para conseguir pouco mais de 6 minutos de produto final.

Estou atualmente a trabalhar em Timor-Leste e as condições de trabalho não são propriamente as mais favoráveis para este tipo de trabalhos. A gravação do vídeo ocorreu dentro de uma caserna de um aquartelamento das Forças de Defesa de Timor-Leste, com condições de visibilidade precárias. Tive de empilhar uns móveis para conseguir um suporte para a câmara, transformar uns candeeiros em projetores e assim conseguir transformar o meu local de trabalho habitual num estúdio de gravação.

800691-Reflexão sobre a Produção do REA

Depois de ter o estúdio montado dei início a gravação do vídeo e, simultaneamente, iniciei os desenhos. Depois de terminar todos os desenhos, nove folhas A3, quando pensava que tinha a parte da gravação do vídeo concluída, deparei-me com um novo contratempo. A câmara parou de filmar duas folhas antes de eu terminar, o cartão de memória ficou cheio e eu não me apercebi. Tive de trocar de cartão, voltar a empoleirar a câmara no seu “suporte” e voltar a por as “mãos na massa”. Tive de voltar a desenhar as duas últimas folhas de desenhos.

Depois de ter o “desenhar” gravado seguiu-se a edição do vídeo. Através de software específico para o efeito cortei o vídeo e pequenos clips juntei-lhe o áudio respetivo e acelerei o vídeo de modo a que tivesse a mesma duração que o som. Finalmente juntei um título no início e as referências no fim, procurei uma música de licença aberta para juntar a estas duas pequenas partes e o filme estava montado. Esta tarefa não trouxe complicações de maior, as dificuldades só as voltei a encontrar no momento em que fiz o upload do filme. A internet em Timor-Leste, além de ser um artigo muito caro, também é muito lenta e com quebras constantes. Fazer o upload de 158 Megas para o Youtube não foi tarefa simples, requereu muita paciência e tempo.

Mas, neste trabalho, não foram as dificuldades técnicas que mais perturbaram a execução da tarefa. As dificuldades apresentaram-se de outra forma, com a produção deste REA apercebi-me que não é fácil passar ideias abstratas para desenho. Já tinha feito outro trabalho, idêntico a este, para um MOOC que decorreu na Universidade Aberta. Nesse vídeo foi relativamente simples decidir o que desenhar, o tema era concreto e sequencial e escolher as imagens que ilustrariam o discurso do narrador foi tarefa simples. No REA “Recursos Educacionais Abertos: O que são; Como licenciá-los” tive uma grande dificuldade em decidir que desenhos iria utilizar para ilustrar os conceitos ou as ideias. Mas a missão tinha de ser cumprida, tinha de levar a carta a Garcia, e comecei a pesquisar imagens que ilustrassem os conceitos que eu iria apresentar verbalmente. Apesar da dificuldade em decidir que imagens utilizar acabei por optar por algumas que, de alguma forma, penso eu, ilustram a ideia apresentada. Quando terminamos um trabalho, pelo menos esse sentimento surge-me sempre, ficamos com a ideia de que deveríamos ter feito certas coisas de maneira diferente, que se mudássemos uma coisa ou outra, o produto final poderia ser melhor. Mas imediatamente tomo consciência de que me empenhei ao máximo, de que dei o meu melhor e este sentimento inibe o anterior deixando-me com uma sensação de autorrealização.

O REA “Recursos Educacionais Abertos: O que são; Como licenciá-los”:

 

 

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